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Rádio, a mídia universal

Vivemos numa civilização onde temos fácil e constante acesso a TV, Internet, Outdoor, cinema e vários outros tipos de mídia (ou meios de comunicação) capazes de nos trazer informações, sejam elas de caráter publicitário ou informativo. É por tal fato que nos esquecemos de que em vários lugares do planeta a comunicação não é estabelecida de forma tão eficiente quanto a que estamos acostumados. São vilarejos, comunidades remotas, cidades e, em alguns casos, Estados de características primárias que até então não se desenvolveram na comunicação.
São em locais como esses onde a rádio estabelece a função de Meio de Comunicação, antes mesmo de tornar-se uma mídia, transformando-se na única forma que alguns têm de saber o que acontece além da cerca de suas casas.
O exposto até então não é novidade para ninguém. Mas cientes disso, alguns defendem o pensamento de que, exatamente por estar presente de forma tão importante nos locais mais remotos do mundo, a rádio deixa de ser importante a todos que possuem acesso a meios “mais avançados” de comunicação, onde a transmissão de imagens, vídeos em alta resolução e alta interatividade são o ponto máximo. E é exatamente aí que aparece o equívoco: é possível justificar a frase por vários modos, afinal a rádio, por mais ultrapassada que pareça, é a mídia que mais interage com as outras. Ligamos a televisão e lá está a possibilidade de escutarmos a rádio; compramos um aparelho telefônico simples, esse vem acompanhado de fones para que possamos escutar a rádio; Estamos navegando na internet, aí está mais uma oportunidade de acessar o site da rádio que quisermos e proporcionar ainda mais audiência a esse tipo de mídia.
Ainda justificando a ideia de a rádio ser um dos principais meios para informar ou fazer inserções, temos os grandes investimentos de empresas com alta capacidade financeira para investir em anúncios. Algumas delas escolhem a rádio como ponto forte e não se decepcionam, obtendo ano após ano uma das primeiras posições no ranking dos maiores anunciantes. É o caso das Casas Bahia e do Banco Itaú que, há anos, investem na mídia em questão e não se arrependem. Tudo isso sem levar em conta as empresas que escolhem inserções na rádio com a intenção de dar continuidade ou fazer menção a uma campanha inicialmente inserida na TV ou na internet, fazendo com que a campanha atinja também os que não têm acesso àquelas outras mídias.
Para finalizar de forma divertida e curiosa as justificativas básicas sobre os benefícios de anunciar na rádio, voltemos a todo o início do texto, contando a partir do título “Rádio, a mídia universal”: Como dito, não é novidade a ninguém que o meio de comunicação em questão consiga atingir uma cidadela no meio do Acre, por exemplo. Mas torna-se, no mínimo, curioso quando se apresenta a informação de que é por meio do rádio (ondas eletromagnéticas) que nós, humanos, tentamos descobrir e nos comunicar com alguma forma de vida extraterrestre. A ideia é desenvolvida em forma de romance no livro “Contato” de Carl Sagan que aborda todos os aspectos reais do SETI (sigla que, traduzida para o português, seria Pesquisa por inteligência extraterrestre).
Enfim, como anunciar numa mídia que é modelo de tentativa de comunicação extraterrestre pode ser de alguma forma prejudicial?


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